Psicossomatização

Os estudos na área de Psicossomática são muito amplos e, para melhor aproveitamento, é necessário um estudo aprofundado nas Ciências da Saúde física e mental.
PSICOSSOMATIZAÇÃO ORGANICISTA

É a relação contínua, inseparável e inevitável entre a mente (psico) e o corpo (soma), que pode acarretar  descompensação física e/ou mental.

Vários diagnósticos físicos entre eles, doenças de pele, doenças periodontais, auto-imunes, inflamações, infecções e até mesmo o câncer, podem ser oriundos de uma psicossomatização. A ansiedade, que se difundiu amplamente, de forma corriqueira no cotidiano desta sociedade que podemos designar de “pós moderna” é uma  psicossomatização. Pois a ansiedade, nada mais é do que um preparo físico, manifestando-se inicialmente por uma maior excreção da substância neuroquímica adrenalina, que visa aumentar a capacidade cerebral e muscular, provendo ao homo sapiens,capacidade de lutar contra o perigo ou sair correndo. O responsável pela descarga da adrenalina é primeiramente o pensamento. Quando algo inesperado nos ocorre, como um susto, damo-nos conta, pelo pensamento, do agente ameaçador e, dependendo da graduação deste medo, será liberada a quantidade proporcional das substâncias hormonais. Um efeito perceptível é a taquicardia, entretanto, a diminuição do trabalho de alguns sistemas fisiológicos, a hipertensão e  depressão imunológica,  e de alguns outros sistemas físicos não são perceptíveis a nossa consciência.

Algumas pessoas aumentam a liberação de adrenalina só de pensar em  falar em público, outras, em enfrentar uma tirolesa, outras,  ao se deparar com uma barata.

A maior parte das vezes em que aumentamos a liberação de adrenalina, cortisol, antidiuréricos, entre outras substâncias em nosso organismo, não é pelo susto,  e sim pelo medo subjetivo e idiossincrático presente no dia a dia, que nomeamos de ansiedade; quando acionamos nosso sistema neuroquímico, sem perceber, a espera de um perigo imaginário. Como, por exemplo, o medo de não atingir as expectativas alheias, o medo de não terminar a tempo um determinado trabalho, o medo o medo de não conseguir cumprir algo proposto; enfim, medos, em geral, presentes em nosso cotidiano. Com isso, cada um de nós  dispara um  preparo  fisiológico,  como resposta desta ansiedade para um eventual momento futuro desagradável. É como se nos preparássemos continuamente, com alguns picos,  para algo ruim que pudesse nos acometer.

Como podemos perceber, a psicossomatização não é um fato isolado e os estudos científicos sobre o assunto têm sido a cada dia mais explorados e aprofundados. O que ocorre também no campo da psiconeuroimunoendocrinologia que, apesar do nome assustador, nada mais é do que a relação do sistema psicológico (mente) gerando respostas físicas (neuroimunoendócrinas) a partir do Sistema Humoral (hormonal) em nosso Sistema Nervoso. Esse processo acarreta movimentação, aumento e diminuição de substâncias neuroquímicas. Estas, por sua vez, afetam nosso sistema imunológico, responsável pela nossa proteção, que combate não apenas os microorganismos, mas também células cancerígenas.

PSICOSSOMÁTICA PSICANALÍTICA

A psicossomatização consiste na relação da mente (psico) e soma (agregado das partes do corpo humano). No entanto, neste caso, nossos processos psíquicos, quando abalados pelo sofrimento, conflito, luto, dificuldade de assimilação, aceitação de uma idéia, utiliza-se da conversão do mental para  o corpo físico no intuito de aliviar a tensão. Temos vários exemplos, como: muitas doenças dermatológicas (acne, alergias, alopecia areata, psoríase,…), e principalmente as dores, entre elas, a fibromialgia, gastrites, todas as ites, que são processos inflamatórios. São exemplos também, doenças auto-imunes, imobilidade, diminuição da mobilidade, cansaço, deflagração e alteração do diabetes. As famosas doenças “de causa emocional”, entre várias outras manifestações, podem ter sido geradas pela psicossomatização. Assim, quando for esta a causa, quando for realizado o tratamento pela psicologia clínica ou psicanálise, ocorrerá remissão do sintoma, o que, em geral, suscita a surpresa do cliente. Nesses casos, é comum meus clientes comentarem:

“Ah não acredito, depois de anos de tratamento, utilizando uma infinidade de medicamentos e de ter conseguido eventuais controle e atenuação destes sintomas que persistem, resolvi a questão por intermédio da palavra !?!?  Não acredito,  deve ter sido  algum efeito retardado de alguma medicação !?!?!”

Pessoalmente, já deparei com este susto analítico muitas vezes. O cliente vem nos buscar para compreender a patologia e acaba sendo “livrado” dela após algumas sessões de psicoterapia. Para o cliente, parece muito estranho, pois não detém conhecimentos a respeito. Para o indivíduo que sempre focou a busca de tratamento, que dedicou tempo e dinheiro neste objetivo, parece estranho que, justamente, quando passa a não priorizá-lo, quando se resigna a ele, seja curado. Como assim?

Pois é, fácil e simples. Parece mágica, para os que não têm conhecimento específico no assunto.
O fato é que o profissional foi treinado para isto, para descobrir a causa de tais sintomas e realizar a intervenção que Freud chamava de “cirurgia pela palavra”.

Porque é que sozinhos não descobrimos a causa? Porque somos muito habilidosos para mentir para nós mesmos, parece incrível, não é?  Mas fazemos isto diariamente, algumas pesquisas revelam que nós mentimos por volta de 7 vezes ao dia, todos os dias… Outra (disponível em: http//www.asj.org.br)educação_artigos.asp?codigo=954&cod_curso=24), revela que apenas do decorrer da aplicação do questionário de uma entrevista, que durou cerca de 10 minutos, os entrevistados mentiram em média 3 vezes, e certamente ficaram, surpresos e indignados ao deparar com esta realidade. O fato é que nós mentimos sem perceber, às vezes para nos proteger, às vezes visando proteger outrem.

Vamos pensar… Porque será que minto para mim que gosto desta pessoa próxima? Como um colega de trabalho ou um familiar. O fato é que algo em mim acredita que não há nada para fazer, não sei mais como lidar com esta questão, então desisto, reprimindo-a e distorcendo-a. Vamos a um exemplo:

Odeio meu chefe, mas necessito deste trabalho, tenho objetivos, projetos, planejamentos que desejo cumprir e não desejo mudar agora, neste momento, de trabalho; penso que buscar outro trabalho seja inviável, inseguro e  incerto. Estas informações se mesclam, parte consciente, parte inconsciente: creio que não há o que fazer de diferente nesta relação, porque não conheço, não sei, não tenho repertório para atuar diferenciadamente. Então, de modo a proteger o meu trabalho e o humor de meus dias, passo a mentir para eu mesma, às vezes até de modo exacerbado, pensando “adorar” meu chefe, pois é de suma importância que eu convença primeiramente a mim.


Este é o momento crucial, onde ocorre a conversão do conflito emocional insuportável para o corpo.  É como se o corpo físico dividisse a carga pesada com seu parceiro mental, ocorre um “altruísmo psicossomático”.

E é  neste momento que poderá atuar o profissional de psicologia ou psicanálise, interpretando, descobrindo este conflito, ajudando o indivíduo a assimilá-lo e a desenvolver inúmeras possibilidades de olhar e atuar nesta situação, aprendendo novos repertórios, trabalhando as irritações com o chefe, aprendendo a compreender, a buscar novos desafios, favorecendo sua força para lidar com o novo. Enfim, ampliando acentuadamente a visão da situação, até que não se faça mais necessário a existência deste sintoma. Assim, o corpo devolve sua carga que, a partir deste momento, torna-se leve para a mente carregar.

Também as exigências morais de juízo de valor são agentes construtores destes conflitos presentes entre uma verdade, um desejo e uma imaginável impossibilidade de alcançá-lo


Detecção e Tratamento para psicossomatização

A causa da liberação destes hormônios é singular. Cada indivíduo libera as suas de acordo com sua construção única e interna Apesar de todos compartilharmos o mesmo sistema orgânico, os medos são peculiares, assim, um sente medo de barata, outro de elevador etc. Quando ocorre um susto, o sistema cardiovascular aumentado   sinaliza qual o objeto, causador deste medo. As descargas deprimem nosso sistema imunológico, além de outros sistemas, como o gastrointestinal, urinário,  tegumentar e sobrecarregam outros, como o cardiovascular, ocorrendo aumento da pressão arterial, alteração das excreções hormonais. No entanto, estas ações não são perceptíveis, como uma taquicardia.

Quando nos assustamos, seja por uma situação inusitada ou por uma fobia, ou seja, quando temos um medo específico com reconhecimento do objeto ameaçador, incitamos um aumento exacerbado de adrenalina, que exerce ação em todo o organismo, incluindo depressão imunológica, diminuindo minhas defesas contra microorganismos e células cancerígenas; comprometendo nossa homeostase, que é o sistema de equilíbrio físico.

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