I-
TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA
II-
DEPENDÊNCIA QUÍMICA E ALCOOLISMO
I-
Tratamento do dependente químico
O
tratamento psicológico oferecido ao dependente químico deverá ser composto pela
utilização de várias abordagens de embasamento teórico, pois se dá pelo
tratamento dos aspectos psicológicos, com levantamento do tipo psicológico,
temperamento, personalidade, perfil psicológico e causas da escolha da droga e
principalmente com um acompanhamento como um personal mind para o treino de
novos comportamentos e construção de novas atividades. Abaixo descrevo a
implicação de cada abordagem neste tratamento:
Psicanálise:
Visa identificar as causas neuróticas específicas, presentes no início das
relações do indivíduo que justifiquem a pulsão e preferência no uso da substância,
baseadas em seu histórico pormenorizado.
Psicologia Analítica:
Colabora para que o indivíduo conheça o manejo de sua psiquê com o
reconhecimento de seu perfil psicológico sobre introverção, extroversão se lógico
ou intuitivo e quais aspectos de seu caráter tem sido manifestados de modo
pronunciado no uso da substância e quais alterações deverão ser deflagradas, favorecendo
as respostas de seu tratamento.
Terapia Sistêmica: Treino de habilidades
sociais, que permaneceram estagnadas impreterivelmente no uso da substância,
pois é certo que os dependentes químicos manifestam capacidade de interação
social, desprovidas de competências como estabelecimento de limites (tecnicamente
denominados: fronteiras) entre os indivíduos, impor suas condições no convívio
social, limites e respeitá los, fortalecimento e aceitação sua individualidade,
individualidade, exercício de audição empática, aprendizado para declarações de
seus desejos considerando os direitos e poderes de si e outrem, aprendizado
para comportamento verbal respeitoso nas discussões, as dialéticas de tese e
antítese, tão importantes e presentes em nosso cotidiano para o nosso
aprendizado das reflexões pessoais e conhecimento de outros indivíduos.
Terapia Cognitivo
Comportamental:
Levantamento
dos conceitos e comportamentos habituais do indivíduo, com desenvolvimento dos
repertórios que resultem em benefícios, explorando intensa e continuamente com
objetivo de ampliar as vias de lazer e relacionamento, acionando com
acompanhamento de coaching na busca, descoberta, identificação e produção de
hobbies com significados pessoais que culminem
na produção da qualidade de vida.
II-
Dependência Química – Alcoolismo
A Dependência química é um problema
grave de saúde pública e gera danos irreparáveis, em todos os âmbitos, partindo
do pessoal.
Aterei na explanação sobre as características do
alcoolismo, sabendo que podemos considerá-las
como componentes presentes também em outras dependências. A escolha em
discorrer sobre a dependência do álcool, se deu devido sua prevalência e
aceitação, já que esta droga é lícita e portanto muito presente em muitos
eventos sociais.
O alcoolismo é considerado pela Organização Mundial de
Saúde OMS, como uma patologia progressiva, incurável e fatal.
O número de alcoolistas do sexo feminino é algo que muito
tem aumentado.
O reconhecimento de um dependente químico na família,
principalmente, mulher, não é fácil de ser executado, pois, temos em nossa
mente, determinados parâmetros que formam uma idéia preconceituosa e muito
fantasiosa da doença, como os preceitos de que o alcoolista é “aquele (homem)
que bebe todos os dias”, que bebe qualquer bebida, ou, “aquele que caiu na rua”, que não trabalha,
ou é agressivo.... Enfim, estas idéias preconcebidas de apenas alguns aspectos
desta doença, desfavorece a
identificação do doente, principalmente quando
se trata de um alcoolista do sexo feminino, que apresenta as
características de beber apenas aquele tipo específico de um fino e importando
vinho, que trabalha, é culta e tem uma
vida social, aparentemente saudável. Estas características, também, muitas
vezes presentes na doença do alcoolismo, enganam nossas ideias preconcebidas e
desfocam nossa atenção que poderia culminar em um diagnóstico precoce da
doença.
Diagnóstico precoce pode ser considerado no momento em
que a pessoa, ainda não desenvolveu outras várias patologias que efetivamente
comprometerão sua vida, como hipertensão, diabetes, câncer entre várias outras
inúmeras consequências do uso do álcool, pensando única e exclusivamente no aspecto físico. É um
diagnóstico muito difícil de ocorrer.
O diagnóstico do alcoolismo poderia ser identificado
desde tenra idade, pois, o profissional especialista nesta doença, sabe que o
alcoolista tem características diferenciadas em seu modo de beber que está
presente desde o início de seu contato com o álcool. O alcoolista tem
características fisiológicas como as hepáticas e neurológicas que favorecem o
uso do álcool, difícil dizer se é uma vantagem ou desvantagem perante aos que
tem uma resposta fisiológica diferente, mas o fato é que o alcoolista tem um
organismo que processa muito bem o álcool. Enquanto que o acetaldeído , um
substrato do álcool que tem ação neuroquímica, age com uma apresentação tóxica
para o não alcoolista, o alcoolista processa este substrato “numa boa”, ou seja
o alcoolista tem um físico “bom para beber”.
Alguém não alcoolista, bebe, e sente-se mal com as ações
do acetaldeído, pois para ele esta substância é tóxica. Enquanto o indivíduo não alcoolista bebe e
sente alteração na sensação térmica, fica torporoso, perde a sensibilidade,
movimentos, sente preguiça, entorpecimento, náuseas e mal estar, o alcoolista
sente euforia, bem estar, alegria por ter seu cérebro ativado na área do prazer
e recompensa, aliado à área da compulsão e impulsividade. Resumindo: Alcoolista, bebe e seu cérebro
entende como algo bom e o estimula a beber mais em várias ocasiões, pois o
álcool é entendido como BOM! Enquanto que, para o não alcoolista, o álcool é
sentido como algo RUIM. Por isto é tão fácil controlar o álcool para quem não é
alcoolista, pois ele tem “apoio total de seu cérebro”. Já para alcoolista é
difícil ele lutar conscientemente, contra algo que seu sistema de preservação
da espécie entente como algo viável.
Um dos movimentos de maior sucesso no tratamento do
alcoolismo são os grupos de Alcóolicos Anônimos. Atualmente poderemos contar também
com o acompanhamento do profissional da psicologia, que é o que eu minha equipe fazemos, visando estimular,
ajudar, reforçar os comportamentos que controlam o uso do álcool, associados a
atuação de desenvolvimento social e maturidade do alcoolista que fica muito comprometida com o uso repetido do álcool e
também trataremos as comorbidades, como ansiedade, fobias e traumas que foram
maquiados pelo álcool. Se houver necessidade de tratamento medicamentoso, seja
nas comorbidades ou na abstinência, contaremos com o profissional da área da
medicina.
Abaixo encontraremos perguntas fáceis, que ajudarão o
dependente identificar sua condição:
Teste CAGE:
1-Alguma vez
o(a) senhor(a) sentiu que deveria diminuir a
quantidade de
bebida alcoólica ou de parar de beber?
2-As pessoas
o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de tomar
bebida
alcoólica? ;
3-O (A)
senhor(a) se sente chateado(a) consigo(a) mesmo(a) pela
maneira como
costuma tomar bebida alcoólica?
4-Costuma tomar
bebidas alcoólicas pela manhã para diminuir o
nervosismo ou
ressaca?
Apenas uma resposta
sim, deflagra que seu modo de beber conota comprometimento. Procure ajuda. Oferecemos Uma
Entrevista Explicativa para o dependente e familiares: (11) 3 8 3
5 – 2 0 0 3
Dica: Ouça o programa Recuperação da Rádio Boa
Nova, encontrarão especialistas nesta área.